'Então, os que temiam ao SENHOR falavam uns aos outros; o Senhor atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante dele, para os que temem o SENHOR, e para os que se lembram do Seu nome.'' (Malaquias 3:16)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

                       
                               REAVIVAMENTO, UMA NECESSIDADE INADIÁVEL E URGENTE.

              Nenhum cristão conhecedor da Palavra de Deus e consciente da situação em que se encontra a Igreja de Cristo no século XXI, ousa negar a realidade da grande necessidade que temos de passar por um REAVIVAMENTO ESPIRITUAL. A nossa situação não é diferente da que o povo de Deus nos tempos do AT. Viveu. Uma vida de altos e baixos, desvio e acertos, obediência e desobediência, perdas e vitórias. Porém, nas suas crises, sempre que buscava a Deus o Senhor vinha ao seu encontro e lhe dava um novo ânimo.
             Estudando o livro de Neemias no AT. podemos encontrar os sinais de um reavivamento verdadeiro. A partir do capítulo 8 percebemos algumas evidências do reavivamento ocorrido nos dias desse grande reformador. Ali se evidencia a sede do povo pela Palavra de Deus e resultados tremendos que vieram como frutos do entendimento das Escrituras lidas pelo sacerdote Esdras. Houve um profundo quebrantamento expresso pelo choro, arrependimento e restauração da alegria das famílias reunidas em praça pública para ouvirem a Palavra de Deus.
             O povo entendeu que seria necessário restaurar certas práticas que eram ordenanças do Senhor, mas que foram esquecidas e há muito não eram mais praticadas a exemplo do habitar em cabanas:
 Por sete dias habitareis em tendas de ramos; todos os naturais em Israel habitarão em tendas de ramos, para que as vossas gerações saibam que eu fiz habitar em tendas de ramos os filhos de Israel, quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor vosso Deus. Assim declarou Moisés aos filhos de Israel as festas fixas do Senhor (Lv 23.40-44).
             Em Neemias 8 de 13 a 17 o povo é orientado a celebrar a festa das cabanas que há muito havia sido deixada de lado. Desde os dias de Josué os filhos de Israel não mais vinham obedecendo esta pratica.
Habitar em cabana tinha um significado relevante que jamais deveria ser esquecido. Vejamos, portanto, o sentido que tinha para eles e que tem para nós hoje. Habitar em cabanas nos lembra que somos peregrinos neste mundo.  “Ouve, Senhor, a minha oração, e inclina os teus ouvidos ao meu clamor; não te cales perante as minhas lágrimas, porque sou para contigo como um estranho, um peregrino como todos os meus pais” (Sl 39.12). “Pela fé peregrinou na terra da promessa, como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa” (Hb 11.9).
              O conforto pode deixar-nos acomodados e apegados por demais as coisas desta vida as quais nos afastam de Deus. David Wilkerson diz: “Tudo quanto compramos é mais uma corda que nos amarra a esta terra”.  Precisamos lembrar sempre que nada que possuirmos nesta terra é propriamente nosso  (Sl 24; Lv 25.23; Sl 50.10-12; At 4.32). Tudo pertence ao Senhor e quando deixarmos este mundo nada levaremos dele.
              A cabana nos lembra que devemos nos abster dos prazeres do mundo e das coisas desta vida, pois estamos aqui de passagem. Vejamos o exemplo de  Moisés. 
Pela fé Moisés, sendo já homem, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que ter por algum tempo o gozo do pecado, tendo por maiores riquezas o opróbrio de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa (Hb 11.24-27).
              Portanto, quando decidimos sair do conforto e comodismo desta vida e partirmos para a cabana, isto significa que deixamos o mundo e o tiramos do nosso coração. É o mesmo que diz com Paulo. “O mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.  Neemias 9. 2 diz: “E os da linhagem de Israel se apartaram de todos os estrangeiros, puseram-se em pé e confessaram os seus pecados e as iniquidades de seus pais”.
             A cabana nos fala da necessidade de separação, santificação, vida de oração, comunhão, louvor e adoração. Para ir à cabana, é preciso fazer o que está nos Salmos 24. 3,4. “Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente”.
            O que determina a velocidade de um reavivamento da Igreja e do crente é o seu nível de oração. A igreja primitiva vivia na atmosfera de milagres por causa do seu comprometimento com Cristo, a Palavra, a comunhão e a vida de oração dos crentes. Sabemos que a oração é a mais poderosa arma que Deus deu ao Seu povo. Desta forma, temos que levar em conta os vários tipos de orações: oração intercessória; oração secreta; oração de batalha; oração celetiva; oração de adoração; oração de petição e oração de gratidão.
            Elias é para nós um grande exemplo de oração persistente. No Monte Horebe Elias dobrou os seus joelhos e por sete vezes clamou ao Senhor por chuva. A sua oração foi respondida e em pouco tempo os céus se enegreceram e caiu  uma grande chuva  (1 Rs 18.41-46). 
Deus ouve e responde as orações dos Seus filhos. Quando demora na resposta, é porque deseja que fiquemos mais tempo com Ele e que consideremos mais importante a Sua companhia do que mesmo as coisas que estamos querendo (Jr 29.10-13; Dn 9.2,3).
            Que jamais venhamos a negligenciar a vida de oração. Que o viver pela fé e baseados nas promessas de Deus para nossa vida, não nos leve a negligenciar a necessidade de unirmos a estas duas coisas importantes a oração. Ela é a chave que acionará a fé para que as promessas se tornem realidade em nossa vida. E, se desejamos um verdadeiro REAVIVAMENTO para nossa vida, família e igreja, devemos urgentemente construirmos para nós CABANAS e fazermos delas o nosso habitar para uma vida de constantes oração, adoração e santificação, pois sabemos que sem a qual ninguém verá o Senhor. Amém!
 

Esta palavra eu a ministrei no culto de terça-feira, dia 24/01/2012


Pastor Manoel Pedro de Souza – Igreja B. Memorial – Feira-BA.





Nenhum comentário:

Postar um comentário